O significado do Salmos 19 trata da Revelação da natureza e da Revelação das Escrituras. Este salmo louva ao Senhor por seus dois grandes presentes à humanidade: a criação e a lei. Usando uma terminologia moderna. este salmo fala da revelação geral de Deus. na natureza. bem como de sua revelação especial, nas Escrituras.
Este versículo primeiro é uma declaração sumária. Os “céus” referem-se ao que aparece no céu acima de nós. O “firmamento” ou “céu” é o dossel que parece cobrir a Terra do nosso ponto de vista quando olhamos para cima. É sinônimo de “céus” (paralelismo sinônimo). A glória de Deus neste contexto aponta para o esplendor do Criador. Ao olharmos para cima, vemos a incrível obra de Deus.
Revelação da natureza
Davi observou neste hino de sabedoria que, sob a influência do sol, os céus tornam a obra de Deus na criação conhecida pela humanidade. Da mesma forma, as pessoas aprendem sobre o plano de Deus para abençoar a humanidade sob a influência da Lei de Deus. Em vista dessa dupla revelação, na natureza e nas Escrituras, Davi orou para que Deus purificasse sua vida para que ele fosse aceitável a Deus.
No antigo Oriente politeísta, esse salmo era uma forte polêmica contra os deuses pagãos do sol a quem seus adoradores atribuíam a execução da justiça. O salmista afirmou que o Deus de Israel era o Criador dos céus, incluindo o sol, e Ele estabeleceu a justiça na terra. Todos os dias e todas as noites, essa revelação do poder e grandeza do Criador se comunica, pois os seres humanos a observam diariamente. A presença do exército celestial é um testemunho não-verbal da existência de Deus que atinge todas as partes do planeta. Todos, independentemente de sua língua, podem entendê-lo (cf. Romanos 1:18-20).
Deus colocou o sol nos céus. Ele, não ele, é supremo. As figuras do noivo e do corredor retratam a glória e o poder desta peça central da criação de Deus. Já que é tão glorioso, seu Criador deve ser ainda mais glorioso. Os pagãos usavam as mesmas figuras de linguagem para descrever o sol, que eles adoravam como soberano (Salmos 19:1-6).
Revelação das Escrituras
A Palavra de Deus revelada tem a mesma influência dominante sobre a humanidade que o sol tem sobre a natureza. Enquanto o sol restaura a vida natural, a lei de Deus restaura a vida da alma humana. O sol dissipa a escuridão física, mas a Palavra de Deus remove a escuridão da ignorância do nosso entendimento. É impecável e confiável. Além disso, traz alegria e sabedoria às pessoas porque é correto e esclarecedor.
A revelação especial de Deus nas Escrituras também está livre de qualquer mistura de verdade e erro; é compatível com a realidade. Consequentemente, é duradouro e completamente justo. A palavra “medo” refere-se a toda a lei divina. O conhecimento da lei de Deus coloca o temor (confiança reverente) de Deus no coração das pessoas (cf. Deuteronômio 4:10).
Davi considerava as palavras de Deus mais valiosas do que o ouro, a substância mais cara em seus dias, e mais agradáveis e satisfatórias do que o mel, a substância mais doce. As palavras de Deus o advertiram do erro e do perigo, e trouxeram-lhe recompensas de muitos tipos à medida que ele as seguia.
A pergunta retórica de Davi expressa a impossibilidade de saber se ou quando violamos a vontade de Deus sem a luz que Sua Palavra fornece. Pode trazer à tona falhas ocultas de outra forma e pode nos alertar sobre o que desagrada a Deus para que possamos confessar e evitar essas ofensas. Davi pediu a Deus que usasse Sua Palavra para trazer esses pecados à sua atenção para que eles não o dominassem. Isso resultaria em ser irrepreensível aos olhos de Deus e livre da enorme massa de pecado que seria dele sem a revelação das Escrituras (Salmos 19:7-13).
Oração para purificação
Ao encerrar este salmo, Davi orou para que suas palavras e pensamentos agradassem a Deus. Em vista do contexto, isso acontece quando permitimos que a Palavra de Deus afete nossas vidas. Davi via suas palavras e pensamentos como sacrifícios a Deus (cf. Hebreus 13:15). Esta é a implicação de “aceitável” ou “agradável”. Ao encerrar este salmo, ele evidentemente considerava Deus não como seu juiz, mas como o fundamento de sua vida e Aquele que o havia comprado para um propósito especial. Deus se revelou na natureza e nas Escrituras. Essa revelação deve nos levar a nos curvar em humilde adoração e obediência voluntária diante de nosso Criador (Salmos 19:14).
Fonte da explicação de Salmos 19:
- Autoria: Constable, Thomas. DD. Commentary.