O significado de Isaías 21 apresenta visões proféticas sobre a queda de Babilônia, Edom e os árabes. A passagem descreve a destruição iminente da poderosa Babilônia pelos persas e medas, seguida de julgamentos sobre Edom e os árabes. Esses eventos ilustram a soberania e a justiça divina, mostrando que o juízo de Deus é abrangente e inevitável, atingindo tanto grandes potências quanto nações menores e errantes.
A Queda da Babilônia
Primeiramente, a visão de Isaías aborda a queda da Babilônia, descrita como o “deserto do mar” (v. 1). Este nome, aparentemente enigmático, refere-se à grandeza e ao poderio da Babilônia, uma nação que, apesar de sua força, está destinada a enfrentar um juízo divino iminente. A descrição da destruição de Babilônia, que ocorreu em 539 a.C. com a conquista pelas forças da Pérsia e da Média, é uma manifestação do plano soberano de Deus para tratar com a opressão e a injustiça (v. 1-2). Aqui, é relevante observar que Daniel 5:1-31 confirma historicamente a queda da Babilônia, sublinhando a precisão e a veracidade da profecia.
Enquanto o profeta Isaías sempre desejou a ruína dos opressores de Judá, a realização deste julgamento provoca um sentimento misto de horror e desolação. Assim, ele se afasta da visão horrorizado pelo massacre que testemunha (v. 3-4). A imagem dos líderes da Babilônia, despreocupados e festivos, enquanto o inimigo se aproxima, reforça o contraste entre a sua falsa segurança e a iminente destruição (v. 5). Este cenário mostra como a arrogância e a complacência podem levar a uma queda repentina e catastrófica.
Adicionalmente, o profeta vê um homem enviado à Babilônia para reportar a invasão iminente. Este mensageiro confirma que o fim da Babilônia é inevitável (v. 6-9). A mensagem final, que celebra a queda da Babilônia como uma boa notícia para o povo de Deus, reflete a justiça divina ao derrubar a nação que havia sido um instrumento de opressão contra Judá (v. 10). Este momento marca a vitória de Deus sobre a injustiça e a restauração da justiça para o Seu povo (Isaías 21:1-10).
Julgamento sobre Edom e os Árabes
Subsequentemente, o profeta oferece mensagens de julgamento para Edom e os árabes. Para Edom, a pergunta angustiada de seu povo, que clama por alívio de sua opressão, recebe uma resposta pessimista. O alívio será apenas temporário, seguido por novas aflições (v. 11-12). Aqui, a transitoriedade da paz prometida destaca a certeza do juízo contínuo para aqueles que não se voltam para Deus.
Quanto aos árabes errantes, a profecia prevê um destino igualmente sombrio. Eles sofrerão ataques cruéis e estarão à mercê de condições extremas como a fome e a sede (v. 13-15). Apesar de buscarem refúgio, encontrarão apenas uma segurança passageira, e dentro de um ano, a devastação será tão completa que até mesmo os mais valentes dos tribos árabes serão virtualmente extintos (v. 16-17). A descrição do sofrimento dos árabes sublinha a implacabilidade do julgamento divino sobre aqueles que também se afastam da justiça (Isaías 21:11-17).
Em suma, Isaías capitulo 21 oferece uma visão poderosa do julgamento divino sobre as nações, evidenciando a soberania e a justiça de Deus. A passagem serve como um alerta sobre a futilidade da confiança em alianças e forças humanas e reafirma a importância de buscar a segurança e a justiça que só podem ser encontradas em Deus.
Fonte da explicação de Isaías 21:
- Autoria: Flemming, Donald C. Commentary.